Esta página cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo.Dezembro de 2020) ( |
Signo é algo que é usado, referido ou tomado no lugar de outra coisa (aliquid pro aliquo). A palavra signo, portanto, pode abarcar desde os "signos naturais", também chamados de índices ou sintomas, como as nuvens carregadas e a fumaça, que indicam (são índices de) chuva e fogo, respectivamente; até os signos substitutivos (ícones), como a maquete de um edifício, a planta de uma casa ou o retrato de uma pessoa e os símbolos (a bandeira de um país, a suástica, a estrela de David, etc.).
O signo linguístico é, contrariamente às nuvens da chuva e à fumaça, um signo artificial. Esse mesmo signo linguístico é, também, o signo propriamente dito, em oposição aos signos com expressão derivativa, como os sinais, os signos substitutivos e os símbolos, mencionados anteriormente. O signo linguístico é artificial pois remonta uma relação arbitrária entre um significado e um significante, como descrito por Ferdinand de Saussure, em seu Curso de Linguística Geral. Saussure definiu o signo linguístico como o formativo da relação (sua formante) entre um conceito e uma imagem sonora. Tanto conceitos, como imagens sonoras, são entidades mentais. A imagem acústica (ou sonora) "não é o som material, físico, mas a impressão psíquica dos sons, perceptível quando pensamos em uma palavra, mas não a falamos".
Ao pensarmos na linguagem verbal, tendo a língua como código, os signos linguísticos são, então, os responsáveis pela representação das ideias, sendo esses signos as próprias palavras que, por meio da fala ou da escrita, associamos a determinadas ideias. A relação entre esses dois formantes do signo, então, é uma função indissociável e definidora de seus .
Subdivisões
Esquematicamente, um signo consiste em duas subdivisões:
- Um conceito - ou seja, o significado (signifié)
- Uma imagem acústica - ou seja, o significante (signifiant), ou forma fonológica em termos generativos.
Em termos simples, um signo é toda unidade portadora de sentido. Em síntese, a soma língua + fala resulta na linguagem. Outro aspecto básico da doutrina saussuriana é a do signo linguístico.
"(...)signos são entidades em que sons ou sequências de sons - ou as suas correspondências gráficas - estão ligados com significados ou conteúdos. (...) Os signos são assim instrumentos de comunicação e representação, na medida em que, com eles, configuramos linguisticamente a realidade e distinguimos os objetos entre si."— Ingedore Koch
Ver também
- Análise do discurso
Referências
- Essa classificação dos signos está baseada no trabalho de Schaff 1968: 158-93.
- Silva, Karen Alves da (2008). Saussure e a questão da referencia na linguagem (Dissertação de Mestrado). Campinas: Universidade Estadual de Campinas – Instituto de Estudos da Linguagem. 141 páginas. Consultado em 3 de fevereiro de 2021
- Fiorin 2002: 58.
- cf. a noção de semiose em Hjelmslev 1961.
Bibliografia
- FIORIN, José Luiz. Introdução à Linguística I: objetos teóricos. São Paulo: Contexto, 2002.
- HJELMSLEV, Louis. Prolegômenos a uma teoria da linguagem. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1975.
- SAUSSURE, Ferdinand de. Natureza do signo lingüístico. In Curso de Lingüística geral São Paulo: Cultrix, 2008.
- SCHAFF, Adam. Introdução à semântica. Coimbra: Almedina, 1968.
- VILELA, M. & KOCH, Ingedore Vilhaça. Gramática da língua portuguesa. Coimbra: Almedina, 2001.
wikipedia, wiki, livro, livros, biblioteca, artigo, ler, baixar, grátis, download grátis, mp3, vídeo, mp4, 3gp, jpg, jpeg, gif, png, imagem, música, música, filme, livro, jogos, jogos, celular, telefone, Android, iOS, maçã, Samsung, iPhone, Xiomi, Xiaomi, Redmi, Honra, Oppo, Nokia, Sonya, Mi, PC, Web, Computador